Vídeo disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=IXtIXmVI99U
Foto: Juliana Lima
Palavras, Fundação Vera Chaves Barcellos, 2 de abril de 2011.
Foto: Elaine Tedesco.
Palavras, Pinacoteca , 3 de junho de 2009.
Participação: José Benetti
Foto: Elaine Tedesco.
Duas figuras, frente a frente, encontram a
impossibilidade de se comunicar, não podem falar nem escutar uma a outra, pois
não possuem bocas ou ouvidos. Uma motivação interna organiza o gesto da mão, do
braço e do tronco. Os gestos surgem no corpo e desaparecem na forma de uma
desistência. As ações que os performers
realizam parecem expressar um diálogo que está sempre na eminência de
acontecer; e não acontece. Apesar das palavras não existirem para essas figuras
sem cabeça, é como se elas estivessem sempre se organizando num espaço virtual,
sem encontrarem uma forma possível de expressão.
Palavras,
assim como Figuras e Fantasmas,
lançou mão da duração e da repetição para criar sensação de permanência no
lugar, por isso, quando a sala de exposição abriu entramos, cumprimentamos as
pessoas e sentamos, cada um em seu lugar da mesa. Ficamos frente a frente e
erguemos a gola da camisa. Iniciamos a apresentação da performance. Mais tarde
(mais ou menos três horas depois), alguém nos avisou que a Pinacoteca iria
fechar, então, abaixamos a gola da camisa e encerramos a performance, a sala já
estava vazia.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Palavras
Palavras
"A palavra é a sombra da ação.”
Demócrito
(460-370 AC)
.
Na permanência se mantém um ritmo constante que
provoca monotonia no olhar. Em certo sentido cria um esvaziamento de
teatralidade pela persistência das mesmas ações. Assim, o artista trabalha com
a noção de performance sem um começo, meio ou fim definidos. Palavras aponta
para a falta, no eco de um ritmo contínuo. O que poderia ser dito se esconde
nas sutilezas dos gestos, na ausência das palavras ou na sombra de um diálogo.
Texto Publicado na revista INTERARTIVE: a platform for contemporary art and thought # 44, Setembro 2012.
http://interartive.org/virtual-gallery/current-virtual-gallery/
Parole
"La parola è l’ombra dell’azione”
Democrito
(460-370 AC)
Sul gesto
s’inclina l’assenza delle parole. Due persone senza volto sedute ad un tavolo
una di fronte all’altra mantengono uno stato d’attesa, annullate nel loro
sguardo e nella loro parola. La performance Parole di Elcio Rossini si svolge
in silenzio e insiste nella ripetizione dei gesti annunciando un dialogo che è
sempre sul punto di arrivare. La comunicazione tra i corpi si organizza
attraverso la presenza, nell’informazione che esiste l’altro anche se non si
possono vedere.
Nella permanenza si mantiene un
ritmo costante che provoca monotonia nello sguardo. In un certo senso crea uno
svuotamento di teatralità per la persistenza delle stesse azioni. In questo
modo, l’artista lavora con la nozione di performance senza un inizio, un mezzo
o un fine definiti. Parole indica la mancanza, l’eco di un ritmo continuo. Ciò
che si potrebbe dire si nasconde nella sottigliezza del gesto, nell’assenza
delle parole o nell’ombra di un dialogo.
Testo pubblicato nella Gazzetta INTERARTIVE: a platform for contemporary art and thought # 44, settembre 2012.
http://interartive.org/virtual-gallery/current-virtual-gallery/
Words
“Word is the shadow of action.”
Democritus
(460 – 370BC)
The absence of words is
propped on gesture. Two faceless people sitting across a table keep waiting,
voided from their look and their speech. The performance Words by Elcio Rossini
takes place in silence and insists in the repetition of gestures heralding a
dialogue that is always yet to come. Communication between the bodies is based
on presence, on the information that the other exists, but cannot be seen.
A steady rhythm is kept constantly, bringing
monotony to the look. In a sense, it voids theatricality through the
persistence of the same actions. Thus, the artist works with the notion of
performance without a defined beginning, middle or end. Words reveals absence,
the echo of a steady pace. What could be said is hidden in the subtleties of
gesture, in the absence of words or in the shade of a dialogue.
Text Published in INTERARTIVE: a platform for contemporary art and thought # 44, september 2012.
http://interartive.org/virtual-gallery/current-virtual-gallery/
Palabras
“La palabra es la sombra de la
acción.”
Demócrito (460 -370 ΑC)
Sobre el
gesto se inclina la ausencia de palabras. Son dos personas sin rostro que,
sentadas frente a frente en una mesa, mantienen un estado de espera, anuladas
en su mirada y en su habla. La performance Palabras de Elcio Rossini ocurre en
silencio e insiste en la repetición de los gestos anunciando un diálogo que
está siempre por venir. La comunicación entre los cuerpos se organiza a través
de la presencia, en la información de que existe otro aunque no se puedan ver.
En la insistencia se mantiene un
ritmo constante que provoca monotonía en la mirada. En cierto sentido, crea un
vaciado de la teatralidad por la persistencia de las mismas acciones. Así, el
artista trabaja con la noción de performance sin un comienzo, medio o fin
definidos. Palabras apunta a la falta, al eco de un ritmo continuo. Lo que
podría ser dicho se esconde en la sutileza de los gestos, en la ausencia de las
palabras o en la sombra de un diálogo.
Texto publicado en INTERARTIVE: a platform for contemporary art and thought # 44, septiembre 2012.
http://interartive.org/virtual-gallery/current-virtual-gallery/
λόγια
“Λόγος ἔργου σκιή”
Δημόκριτος
(460-370 π.Χ.)
.
Πάνω στη χειρονομία στηρίζεται
η απουσία λέξεων. Δυο άνθρωποι χωρίς πρόσωπο καθισμένοι αντικρυστά σε ένα τραπέζι
βρίσκονται σε κατάσταση αναμονής, με ακυρωμένη τη ματιά και την ομιλία. Η περφόρμανς
Λόγια του Elcio Rossini λαμβάνει χώρα στη σιωπή και εμμένει στην επανάληψη των χειρονομιών,
ξεκινώντας ένα διάλογο που δεν έρχεται ποτέ. Η επικοινωνία ανάμεσα στα σώματα οργανώνεται
μέσω της παρουσίας, της πληροφορίας ότι υπάρχει ο άλλος παρόλο που δεν είναι ορατός.
Η επανάληψη δημιουργεί έναν συνεχή ρυθμό, μονότονο
στο βλέμμα. Κατά κάποιο τρόπο δημιουργεί ένα κενό θεατρικότητας, από την εμμονή
στις ίδιες κινήσεις. Έτσι, ο καλλιτέχνης δουλεύει με την ιδέα της περφόρμανς χωρίς
διακριτή αρχή, μέση ή τέλος. Το έργο Λόγια υπογραμμίζει την απουσία, την ηχώ ενός
συνεχούς ρυθμού. Αυτό που θα μπορούσε να ειπωθεί κρύβεται στην διακριτικότητα των
χειρονομιών, την απουσία των λέξεων ή στη σκιά ενός διαλόγου.
Κείμενο που δημοσιεύθηκε στο περιοδικό INTERARTIVE: a platform for contemporary
art and thought # 44, Σεπτέμβριος 2012.